Papo de Terreiro: fevereiro 2012

Origem no Candomblé


Origem no Candomblé

O Candomblé é uma religião com vasta cultura e rica em preceitos. 

A origem do Candomblé se deu na cidade de Ife na áfrica o Candomblé é uma religião que teve origem na cidade de Ifè, na África, e foi trazida para o Brasil pelos negros Iorubas. 

Seus deuses são bem escolhidos pelos Orixàs para cuidar deles e ajudá-los. Embora sejam consideradas autoridades dentro da roça, não podem ser Mães de Santo, visto que sua função já foi determinada e não há como mudar. A seguir vêm os Ogãs, que tocam os atabaques e ajudam o Pai de Santo nos fundamentos da casa; a Ya Bace, que toma conta da cozinha, isto é, de todas as comidas dos Santos; a Ya Efun, dona do efun (pemba), e que está encarregada de pintar os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos para fazer o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que "rasparam o Santo", ou melhor, raçoaram a cabeça para um Santo a pedido deste. 

Às vezes o Santo, ou Orixà, incorpora em determinadas pessoas, mas não há necessidade que haja esta "incorporação” para que uma pessoa raspe o Santo. Se a pessoa deve ou não raspar o Santo só pode se sabido com certeza através do jogo de búzios do Pai ou Mãe de Santo que, diga-se de passagem, são os únicos que podem jogar búzios. 

O candomblé é uma religião com uma vasta cultura e rica em preceitos. São pouquíssimas as pessoas que realmente a conhecem a fundo. É necessária dedicação e anos de estudo para se chegar a um conhecimento profundo da seita. Seus preceitos são todos os fundamentos e qualquer um pode se dedicar ao seu estudo e desfrutar seus benefícios. Existe muita energia positiva no candomblé, e o seu culto pode trazer paz e felicidade. 

Os Orixás, dos quais somente 16 são cultuados no nosso país. Essú, Ògún, Osossi, Osanyin, Obalúayé, Òsùmàré, Nàná Buruku, Sàngó, Oya, Obá, Ewa, Osun, Yemanjá, LogunEde, Oságuian e Osàlufan.
O Pai ou a Mãe de Santo é a autoridade máxima dentro do Candomblé. Eles são escolhidos pelos próprios Orixás para que os cultuem na terra. Os Orixás os induzem a isto, fazem com que as pessoas por eles escolhidas sejam naturalmente levadas à religião, até que assumem o cargo para o qual estão destinadas. Uma pessoa não pode optar se quer ou não ser um Pai ou Mãe de Santo se não acontecer durante sua vida fatos que a levem a isto. São pessoas que de alguma forma são iluminadas pelos Orixàs para que cumpram seu destino.

Os Pais de Santo, normalmente, são donos de uma roça, ou seja, um lugar onde estão plantados todos os axés e no qual os Orixàs são cultuados. Dentro da roça existe o barracão (assim denominado por causa dos negros que antigamente moravam em barracões), que é o lugar em que são feitos os grandes assentamentos (oferendas) para os deuses. 

Hierarquicamente, existe, ainda, na roça um pai pequeno ou mãe pequena, que é o braço direito do Pai de Santo e é normalmente um filho ou filha da casa. Depois vem as Ekedes, são mulheres bem escolhidas pelos Orixàs para cuidar deles e ajudá-los. Embora sejam consideradas autoridades dentro da roça, não podem ser Mães de Santo, visto que sua função já foi determinada e não há como mudar.
A seguir vem os Ogâs, que tocam os atabaques e ajudam o Pai de Santo nos fundamentos da casa; a Ya Bace, que toma conta da cozinha, isto é, de todas as comidas dos Santos; a Ya Efun, dona do efun (pemba), e que está encarregada de pintar os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos para fazer o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que "rasparam o Santo", ou melhor, raçoaram a cabeça para um Santo a pedido deste. Às vezes o Santo, ou Orixá, incorpora em determinadas pessoas, mas não há necessidade que haja esta "incorporação" para que uma pessoa raspe o Santo. 

Se a pessoa deve ou não raspar o Santo só pode se sabido com certeza através do jogo de búzios do Pai ou Mãe de Santo que, diga-se de passagem, são os únicos que podem jogar búzios. 

O candomblé é uma religião com uma vasta cultura e rica em preceitos. São pouquíssimas as pessoas que realmente a conhecem a fundo. É necessária muita dedicação e anos de estudo para se chegar a um conhecimento profundo da seita. Seus preceitos são todos os fundamentos e qualquer um pode se dedicar ao seu estudo e desfrutar seus benefícios. Existe muita energia positiva no candomblé, e o seu culto pode trazer paz e felicidade. 

ORIGEM DO CANDOMBLÉ: IFÉ
 
A antiga cidade de Ifé, ao sudom este da atual Nigéria, deslumbrava desde o começo do século como a capital religiosa e artística do território que cobria uma parte central da atual República do Daomé. É a fonte mística do poder e da legitimidade, o berço da consagração espiritual, e para onde voltaram os restos mortais e as insígnias de todos os reis iorubás. A civilização de Ifé, ainda hoje, é pouco conhecida e apresenta uma criação artística variada do realismo, enquanto que a maioria da arte africana é abstrata. 

O material empregado na arte de Ifé espanta e abisma qualquer historiador, incluindo os próprios africanistas. Ao lado das esculturas em pedra e terracota (argila modelada e cozida ao fogo) tradicionais na África, estão as esculturas em bronze e artefatos em pérola. 

Uma das artes mais conhecidas é a de Lajuwa, que segundo o povo de Ifé permaceu no palácio real, mostrando os vestígios em terracota, antes de ter sido redescoberta. 

Lajuwa foi o camareiro de Oni (soberano do reino de Ifé ou Aquele que possui). A atribuição dessa terracota a Lajuwa não é estabelecida de maneira segura, entretanto a escultura foi preservada e conservou uma superfície lisa, ainda que o nariz tenha sido quebrado. 

A maior parte das descobertas das obras foi feita nos BOSQUETES SAGRADOS: vastas extensões de terras situadas no coração da savana. Cada uma destas descobertas é consagrada a esta ou aquela divindade, entre elas: - BOSQUETE SAGRADO DE OLOKUM: cobre uma superfície de 250 ha, ao norte da saída da cidade de Ifé. É dedicado a OLOKUM, divindade do mar e da riqueza - BOSQUETE SAGRADO D'IWINRIN: encerra numeroso tesouro artístico, testemunhado, na maior parte, uma arte extremamente.

"O material empregado na arte de Ifé espanta e abisma qualquer historiador, incluindo os próprios africanistas".

Alaiandê Xirê

 

Alaiandê Xirê

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ministro Gilberto Gil, Mãe Stella de Oxóssi e o Prefeito de Salvador, Antônio Imbassahy

Alaiandê Xirê é o Festival de Alabês (nagô), Xicarangomas (congo/angola) e Runtós (jêje), é o encontro anual dos sacerdotes-músicos, de ritmos litúrgicos e cânticos dos terreiros de Candomblé da Bahia, das diferentes nações e de outros estados brasileiros e diásporas africanas, criado pelo Ogã de Ogum Roberval Marinho e pela Agbeni Xangô Cléo Martins, membros do Ilê Axé Opô Afonjá, em São Gonçalo do Retiro. O primeiro festival aconteceu em 1998, no Axé Opô Afonjá, palco de todos os outros Alaiandês até 2006, a primeira edição itinerante: cada ano em uma comunidade diferente. Evento aberto ao público em geral, sem fins lucrativos. Xangô, o orixá do fogo, justiça e poder em exercício é o padroeiro do Alaiandê Xirê.

Ministro Gilberto Gil e Mãe Stella de Oxossi

Ministro Gilberto Gil e Mãe Stella de Oxossi

  • I - título e data do evento: Xangô dobra os couros para a velha guarda dos terreiros: de 17 a 18 de maio de 1998. Local: Axé Opô Afonjá.

O primeiro Alaiandê Xirê homenageou o pintor Carybé, então recentemente falecido em 1997, e Camafeu de Oxossi, figura lendária da Bahia, falecido em 1994. Participaram deste evento a "velha guarda" dos alabês de Salvador, dando-se destaque para Jorge Alabê[1], como era conhecido o chefe dos tocadores da Casa Branca do Engenho Velho. Jorge viria a falecer exatos nove dias depois desta primeira edição do Festival, deixando farta produção e saudosa memória.

Cléo Martins - Numa entrevista feita por Jane Fernandes do Correio da Bahia: "Há muitos anos o Opô Afonjá promove discussões acadêmicas dentro do terreiro, o Alaiandê nasceu de um seminário chamado Irê Aió, que quer dizer caminho de alegria, um caminho divinatório de alegria. Roberval Marinho, que é um ogã do axé, me disse "é preciso fazer alguma coisa diferente daquela coisa fria da academia". A idéia dele era trazer uma visão acadêmica diferente, sem aquilo de todo mundo sentadinho. Então ele sugeriu um festival de tocadores de candomblé, talvez uma competição. Numa dessa, Mãe Stella entrou na jogada também e a gente entendeu que competição ficava chato, até porque todos são bons, mas festival era legal. Aí eu dei o nome. Na verdade primeiro foi Alaiandê Nilê, que seria o grande tocador na casa. Mas Roberval sugeriu Alaiandê Xirê, a brincadeira do grande tocador. Por isso, digo que ele é o pai e eu sou a mãe desse festival, que nasceu de uma vontade de trazer o acadêmico através do lúdico. Pois não tem coisa melhor que a brincadeira, você vê o mais verdadeiro da pessoa na brincadeira, na festa, quando ela se descontrai".

  • II - título e data do evento: O que Xangô quer toma e tomba: Xangô dobra os couros para o tombamento do Opô Afonjá, pelo Iphan: de 25 a 28 de novembro de 1999". Local: Axé Opô Afonjá.

Esta foi a primeira edição internacional do Alaiandê Xirê, o qual contou com a presença de sacerdotes cubanos, residentes em Miami e Nova Iorque. Nesta edição, o festival prestou homenagem a Jorge Alabê.

  • III - título e data do evento: O Bambá do terreiro na Roda de bamba - 2,3,4 de dezembro de 2000. Local: Axé Opô Afonjá.

Uma homenagem a Mãe Caetana Bangboshê: uma das maiores matriarcas do universo dos terreiros.

Ogans no Alaiandê Xirê
  • Ogans.jpg

  • Ogans e atabaques2.jpg

  • Ogans e atabaques1.jpg

  • IV - título e data do evento: Xangô dobra os couros para as mulheres de mercado": de 9 a 11 de dezembro de 2001. Local: Axé Opô Afonjá.

Uma homenagem a Oya-Iansã, a padroeira das mulheres de mercado.

  • V - título e data do evento: Xangô dobra os couros para a identidade e soberania: de 8 a 10 de dezembro de 2002. Local: Axé Opô Afonjá.

 

VI Alaiandê Xirê

  • Semana de herança africana: Xangô dobra os couros para as aibás orixás femininos: realizado de 24 a 28 de agosto de 2003. Local: Pátio de Xangô, do Axé Opô Afonjá.

Mãe Olga de Alaketu, Ministro da Cultura Gilberto Gil e Mãe Stella de Oxóssi

O 6° Alaiandê Xirê reuniu em 28/08/2003 no terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá, músicos-sacerdotes do candomblé de várias nações para discutir a herança africana e realizar o primeiro seminário 'Xangô na África e na diáspora'.

O Festival Internacional de Alabês, xicarangomas e runtós reúne os melhores músicos sacerdotes do Brasil e do exterior.

Teve a participação do Ministro da Cultura Gilberto Gil (iniciado no terreiro), palestra do antropólogo Vivaldo da Costa Lima, apresentação da Oficina de Frevos e Dobrados, do maestro Fred Dantas, e lançamento do livro Ao sabor de Oyá, de Cleo Martins, coordenadora geral do evento. Expressão em iorubá que significa algo como 'a festa do grande tocador', o Alaiandê Xirê é uma espécie de celebração da música sacra das diferentes nações do candomblé, participam terreiros como a Casa Branca, Gantois, Bate Folha, Bogum e Pilão de Prata, entre outras.

Ysamur Flores Pena da Universidade da Califórnia, Los Angeles, EUA.

Os temas são variados, indo da própria mitologia dos orixás a questões mais contundentes como ética e intolerância religiosa. Ou ainda - um ponto sempre polêmico -, o momento do transe.

A primeira mesa, Xangô, Oxum, Oyá e Obá nas diferentes nações conta com professores estadunidenses, franceses e espanhóis. Nas demais, nomes ligados ao cinema e teatro (Chica Xavier, Clementino Kelé, Márcio Meirelles), literatura (Antonio Olinto e Ildásio Tavares), Ysamu Flores Peña da Universidade da Califórnia, Los Angeles, EUA, antropologia (Júlio Braga, Raul Lody, Angela Luhning), psicologia (Monique Augras, Antonio Moura, Jorge Alakija), direito (Itana Viana, Pedreira Lapa) e religião (monge Dom Anselmo, irmã Paola Pedri). Além, claro, de representantes do próprio candomblé, como o pai-de-santo gaúcho Walter Calixto, Pai Borel, que é ogã alabê e vai falar de sua resistência religiosa no Rio Grande do Sul.

 

VII Alaiandê Xirê

  • Xangô dobra os couros para Oxossi e Exu: Grande Senhor da Floresta e o Avesso do Avesso. Debate sobre ecumenismo ecológico realizado de 25 a 29 de Agosto de 2004. Local: Pátio de Xangô, do Axé Opô Afonjá.

Ricardo Bittencourt ator.

Foi um encontro das nações de candomblé, que aconteceu de 25 a 29 de Agosto de 2004 no terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá este ano, foi dedicado a Oxóssi (Odé) e Exú e homenageia as instituições e personalidades que se voltam à preservação, conservação e ampliação dos recursos naturais, do equilíbrio ecológico e da melhor qualidade de vida de todos os seres, homenageando também, o Teatro - o mensageiro ímpar da Natureza Viva. No Candomblé a preservação da Natureza é fundamental.

Na defesa do meio ambiente unem-se representantes de várias religiões no Debate sobre ecumenismo ecológico que aconteceu durante o festival 7º Alaiandê Xirê no terreiro de candomblé do Ilê Axé Opô Afonjá. Adriana Jacob - O Correio da Bahia.

Representantes do budismo, do Judaísmo, da Igreja Católica, da Igreja Baptista e do candomblé unidos em torno de um mesmo objetivo.

Uma mesa-redonda sobre o ecumenismo ecológico marcou, pela manhã, a programação do VII Festival Internacional de Alabês, Xicarangomas e Runtós. O encontro, que começou no dia 25 de agosto de 2004 homenageia os 65 anos de iniciação religiosa de mãe Stella de Oxóssi, prossegue até este domingo 29 de agosto no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em São Gonçalo do Retiro, Salvador, Bahia.

No âmbito nacional, várias delegações a exemplo do Ilê Axé Baralejí Santo Antonio do Descoberto - Goiás, do Ilê Axé Opô Meregi São Paulo, Ilê Axé Asiuajú Santana de Parnaíba - São Paulo, Ilê Axé Oju Obá Ogô Odô Rio de Janeiro, Casa das Minas de Thoya Jarina São Luiz - Maranhão e São Paulo, Sítio de Pai Adão Recife - Pernambuco e Ilê Ijexá de Pai Borel Porto Alegre - Rio Grande do Sul).

A partir das 14 horas, o grande encontro entre as delegações baianas: o Ilê Axé Iyá nassô Oká Obitiko Bamboxê (Casa Branca), Ilê Iá Omin Axé Iamassê (Gantois), Mansu Banduquenqué (Bate Folha), Tumba Junçara, Ilê Axé Odô Ogê (Pilão de Prata), Ilê Axé Maroialaje (Alaketu), Zogodô Bogum Malê Rundó (Bogum), Ilê Axé Ogum Alakayê, Ilê Axé Ibá Ogum (Muriçoca), Ilê Babá Agboulá, Ilê Axé Ayrá (Cobre), Ibece Alaketu (Muritiba), Ce Jaundê, Ilê Axé Oxumarê, Ilê Axé Kalê Bokun, Terreiro Atombency, Algi de Junçara.

Dia 28 de agosto de 2004 - sábado - Dia de Iemanjá e Oxum - Pátio do Alaiandê

Apresentação das delegações nacionais: Ilê Axé Baralejí (Santo Antonio do Descoberto - GO), Ilê Axé Opô Meregi (São Paulo), Ilê Axé Asiuajú (Santana de Parnaíba - São Paulo), Ilê Axé Oju Obá Ogô Odô (Rio de Janeiro), Casa das Minas de Thoya Jarina (São Luiz do Maranhão/São Paulo), Sitio do Pai Adão (Recife - Pernambuco) e Ilê Ijexá de Pai Borel (Porto Alegre - RS).

14h00 - Apresentação das delegações baianas: Ilê Axé Iánasso Oká Obitiko Bamboxê (Casa Branca), Ilê Iá Omin Axé Iamassê (Gantois), Mansu Banduquenqué (Bate Folha), Tumba Junçara, Ilê Axé Odô Ogê (Pilão de Prata), Ilê Axé Maroialaje (Alaketu), Zogodô Bogum Malê Rundó (Bogum), Ilê Axé Ogum Alakayê, Ilê Axé Ibá Ogum (Muriçoca), Ilê Baba Agboula, Ilê Axé Ayrá (Terreiro do Cobre), Ibece Alaketu (Muritiba), Ce Jaundê, Ilê Axé Oxumarê, Ilê Axé Kalê Bokun, Terreiro Atombency, Algi de Junçara.

Aconteceu também uma apresentação de dois grupos de convidados internacionais sendo um deles o grupo cubano-americano Omi Odara, que tocaram ritmos e cantigas dos cultos afrocubanos para Exu, Ogun, Oxóssi e Xangô nos tambores batá.

Uma das participantes da mesa, a Lama Bhikkuni Zamba Chozom, adepta do budismo tibetano, afirmou considerar extremamente benéfica a discussão, já que, na opinião dela, as pessoas precisam se educar melhor quando o assunto é o meio ambiente. "Temos que aprender a respeitar a natureza como um dos principais valores da nossa vida. Caso isso não aconteça, teremos cada vez mais problemas, conflitos e escassez de recursos naturais", disse Bhikkuni Zamba. Ela cita como reflexo desse mau uso dos recursos naturais problemas de distribuição da água, períodos de seca, inundações e desmatamento em países como a China.

"Acho que os homens promovem ações tendo em vista apenas um benefício limitado, sem pensar em suas conseqüências. É o mesmo problema no mundo inteiro", opinou a religiosa. Ao lado de Bhikkuni Zamba, representantes de outras religiões, como o judaísmo. "Acho importante que nós tenhamos um lugar em comum para que cada religião possa deixar sua mensagem, especialmente num mundo com tantas agressões", afirmou o Rabino Ary Glikin. Ele ressaltou que o livro sagrado do Judaísmo, o Torah, faz referência ao ecumenismo e à consciência ecológica.

Sacerdote Miltinho

A idéia de realizar um debate sobre ecumenismo ecológico no Alaiandê Xirê foi possível, segundo a diretora de produção do encontro, Ana Rúbia de Melo, devido à postura de respeito às diferenças de mãe Stella. "Além disso, tanto o judeu, quanto o islâmico, o católico e o budista bebem água e respiram, então a ecologia por si só já é ecumênica", diz, destacando que este ano é de Oxóssi, orixá considerado o padroeiro da ecologia. "Oxóssi é o orixá essencialmente caçador, mas não predatório. Ele sabe que precisa oferecer algo à natureza para que ela possa consentir que ele retire algo dela. É um processo de interação subordinada a uma ética preservadora", afirmou o iperilodé e ogã de Oxóssi do Ilê Axé Opô Afonjá, Luís Austregésilo.

Para além de Oxóssi, o candomblé como um todo está ligado à ecologia, segundo Austregésilo. "O candomblé é indissociável da preservação da natureza porque o fundamental em sua essência é a compreensão do que há de sagrado em tudo aquilo que pertence à natureza. Muito antes da palavra ecologia existir, já cultuávamos o ar, o vento, as águas em sua diversidade, o fogo, os minerais e metais", explica.

Sacerdote Miguel

Outro integrante da mesa-redonda, o padre Arnaldo Lima Dias, da Igreja Católica, também defendeu a importância do discussão. "Lutar pela ecologia é um dever de todo cristão", disse. Também participaram da mesa a iyalorixá Giselle Cossard (RJ), o babalorixá José Flávio Pessoa de Barros (RJ), a Irmã Judith Mayer (BA), um representante da Igreja Presbiteriana do Brasil: Edmilson Barbosa da Cunha (PR) e Djalma Torres (BA) e Ida Apor, da Confederação Israelita do Brasil.

A mesa sobre ecumenismo ecológico começou às 10h30. Mais cedo, às 9h, houve as conferências Exu, o Senhor das profundezas da alma e Oxóssi - o padroeiro da ecologia. À tarde, a programação incluiu uma mesa-redonda sobre Exu, o Senhor das Artes cênicas: o mensageiro que está acima do bem e do mal e Exu, o Dionísios africano e a arte como elemento purificador. Local: Pátio de Xangô, o Alaiandê, do Axé Opô Afonjá.

 

VIII Alaiandê Xirê

Iyalorixás do Candomblé, ao centro Mãe Olga do Alaketu

Mãe Stella de Oxóssi do Ilê Axé Opô Afonjá e Diretora Presidente do Alaiandê Xirê, Mãe Olga do Alaketu do Terreiro Ile Mariolaje e Mãe Olga (Gunaguacessy) do Terreiro Bate Folha, realizado de 31/08 a 04/09/2005. Local: Pátio de Xangô, o Alaiandê, do Axé Opô Afonjá.

31 de agosto de 2005 – 4ª feira - Dia de Xangô e Oyá Abertura solene com o Hino Nacional do Brasil pela Oficina de Frevos e Dobrados sob a regência do Maestro Fred Dantas.

Hino do Axé Opô Afonjá (letra e música de Eugênia Anna dos Santos, Mãe Aninha, e arranjo do Maestro Fred Dantas), Hino do Alaiandê Xirê (letra e música de Cléo Martins e arranjo do Maestro Fred Dantas e Coral Alaiandê Xirê.

Reverência aos Ancestrais

Toque em saudação aos Orixás Odé, Xangô e Oyá. Palestra: “As Guardiãs da Sabedoria”: As Iyás Olga de Alaketu, Stella de Oxossi e Nengua Guanguacessy do Terreiro Bate Folha proferida pelo Ministro de Estado da Cultura Gilberto Gil.

1º de setembro de 2005 – 5ª feira – Dia de Oxossi - Pátio do Alaiandê Seminário Oito e Oitenta: As guardiãs da sabedoria Palestra: O Estatuto da Igualdade Racial

Conferência: O papel dos Ogãs nas Casas de Axé de Liderança Feminina

Mesa Redonda: Do Dito ao Escrito – As Guardiãs da Sabedoria

  • Coordenação: Maria das Graças Gaxi Freire de Menezes (BA)
  • Participantes: Ildásio Tavares (BA), Ubiratan Castro (BA/DF), Luís Carlos Austregésilo Barbosa (BA), Heitor Reis (BA), Paulo Dourado (BA).
  • Depoimento: A Mulher Negra no Rádio, Cinema, Teatro e Televisão.
  • Depoente: Chica Xavier (RJ)
  • Participação: Clementino Kelé (RJ)
  • Debatedores: Fred Dantas (BA) e Marta Passos (RJ)
  • Criança assite palestra no Ilê Axé Opô Afonjá

  • Filhas-de-santo do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá

  • Neide da Costa tecelã da Casa do Alalká

  • Filhas-de-santo do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá

02 de setembro de 2005 – 6ª feira – Dia de Oxalá (traje branco) - Pátio do Alaiandê Mesa Redonda: A Face Feminina da Criação – Sexualidade e Cosmogonia

  • Coordenação: Germano Tabacof (BA)
  • Participantes: Júlio Braga (BA), Djalma Torres (BA), Arnaldo Lima Dias (BA).
  • Debatedor: Gilberto Antônio Ferreira (SP)
  • Conferência: A Liderança das Mulheres no Tambor de Mina do Maranhão
  • Conferencista: Sérgio Ferretti (MA)

Mesa Redonda: o Matriarcado na Bahia – Realidade ou Ilusão?

03 de setembro de 2005 – Sábado – Dia de Iemanjá e Oxum - Pátio do Alaiandê

  • Festival Internacional de Alabês, Xicarangomas e Runtós.

04 de setembro de 2005 – Domingo – Dia de todos os Orixás - Pátio do Alaiandê

  • Festival Internacional de Alabês, Xicarangomas e Runtós.
  • Encerramento: Samba de Roda Maracangalha

IX Alaiandê Xirê

  • O Fogo que Fica - realizado de 1 a 3/12/2006. Local: Terreiro Bate Folha - Mansu Banduquenqué

Chica Xavier recebendo o prêmio Alaiandê Xirê Salvador Bahia

Em 2006, sob a denominação de "O Fogo que Fica", o 9° Festival foi no tradicional Bate Folha - Mansu Banduquenqué, na Mata Escura (Rua São Jorge, 65E) um dos mais antigos terreiros das nações Kongo/Angola do Brasil, fundado em 4 de dezembro de 1916. O Bate Folha é considerado o maior terreiro do Brasil, com uma área de 100.000 metros quadrados tombados pelo Iphan na celebração aos 90 anos deste terreiro congo/angola fundado por Táta Manoel Bernardino da Paixão, Ampumandezu.

O Bate Folha, sob a direção de Pai Eduarlindo, Tata Mulandê e Mãe Olga, foi tombado pelo IPHAN aos 10 de outubro de 2003. Pai William de Oliveira (Obashanan) representou a FTU e o CONUB, apresentando-se no segundo dia do evento, procurando trazer as palavras de Pai Arapiaga, de que os cultos de nação e a Umbanda formam uma grande e única família espiritual.

Abertura - 1 ° de dezembro:
Mostra de telas sobre Inquices de Suzana Duarte;
Depoimento da atriz Chica Xavier, show da Banda Canjerê de Sinhá; Exposição de Jóias de Orixás de Andréia Barbosa. 2 e 3 de dezembro: Seminário e exibição de delegações dos sacerdotes músicos do território nacional e diáspora.

X Alaiandê Xirê

15 de novembro de 2007 - 19h30m – Abertura

Dia de Oxossi, o Orixá provedor que usa azul do céu, atira com uma flecha só e tem uma só palavra.

  • Apresentação da Oficina de Frevos e Dobrados que comemora vinte e cinco anos de vida: regência do Maestro Fred Dantas.
  • Hino Nacional do Brasil: Oficina de Frevos e Dobrados, sob a regência do Maestro Fred Dantas.
  • Saudação aos Ancestrais pelo Corpo de Ojés do Ilê Axé Adeboulá, sob a direção do Alabê Edvaldo Papadinha e Corpo dos Alabês do Ilê Axé Iyá Nassó Oká: a Casa Branca do Engenho Velho.
  • Saudação aos Orixás, Voduns e Inquices pelo Corpo de Alabês do Ilê Axé Iyá Nassó Oká.
  • Saudação a Oxossi, o padroeiro da Casa Branca do Engenho Velho, pelo Corpo de Alabês do Ilê Axé Iá Nassó Oká.
  • Homenagem a Xangô, o padroeiro do Alaiandê Xirê: Festival de Alabês, Xicarangomas e Runtós: Alabês do Axé Opô Afonjá sob a direção de Adriano de Azevedo Santos Filho: Otun Obá Abiodum.
  • “Dez anos de Alaiandê Xirê”: pronunciamento de Luis Carlos Austregésilo Barbosa, Iperilodé do Ilê Axé Opô Afonjá, Amuixã do Ilê Babá Adeboula e Diretor do Instituto Alaiandê Xirê.
  • Hino do Alaiandê Xirê pela Oficina de Frevos e Dobrados, sob a regência do Maestro Fred Dantas.
  • Apresentação do Coral Juventude de São Bento, sob a regência do maestro Dilton César Ferreira.
  • Apresentação do cantor Ulisses e Titun Percussão.

16 de novembro de 2007 – Seminário Xangô dobra os couros para a Casa Branca do Engenho Velho, o Axé Iá Nassô Oká: Ética, Religiosidade e Tradição.

Dia de Oxalá, o Pai dos Orixás responsável pela vida no Aiê, a terra. Pede-se o uso obrigatório de trajes brancos no espaço sagrado do terreiro.

Ética nos Meios de Comunicação e Cultura, a respeito das religiões de matriz africana. Presidência: Florivaldo Cajé de Oliveira Filho. Expositores: Jary Cardoso (Jornalista; Editor de Opinião do Jornal A Tarde), José Carlos Capinan (Ogã do Axé Iyanassô Oká; Poeta/BA), Póla Ribeiro (Cineasta, Diretor do IRDEB), Lázaro Faria (Cineasta e Diretor da X Filmes da Bahia/BA); Chica Xavier (Chefe de Terreiro e atriz da Rede Globo/RJ), Clementino Kelé (Ogã e Ator) Debatedor: Gil Vicente Tavares (Ogã do Terreiro Bate Folha; Diretor teatral, dramaturgo e compositor/BA)

A Casa Branca do Engenho Velho, o Axé Ia Nassô Oká: Ética, Religiosidade e Tradição. Presidência:Prof.Dr Roberval José Marinho (Ogã Lojutogum do Axé Opô Afonjá; artista plástico/UCB/DF). Expositores: Prof. Dr Ordep Serra (Ogã do Axé Ia Nassô Oká; antropólogo; Pró Reitor da UFBa; Prof. Júlio Santana Braga (Babalorixá do Ilê Axéoyá, Antropólogo/UEFS/BA); Prof. Dr. Ângelo do Prado Pessanha (Babalaxé do Ilê Axé Ayrá Intile (Xangô Menino-Macaé); Antropólogo/UFF/Niteroi/RJ). Debatedor: Prof Mestre Luiz Carlos Austregésilo Barbosa (Iperilodé do Ilê Axé Opô Afonjá; Amuixã do Ilê Babá Adeboulá; Médico Psiquiatra/FTC/BA).

A sempre jovem velha guarda dos terreiros: “a roda de bamba”.

  • Presidência: Kátia Alexandria Barbosa (Makota Mubemquiá do Bate-Folha, Filósofa).
  • Expositor: Gilberto de Exú (Olosun Agba do Ilê Axé Oxum Muiuá/SP,
  • Assobá do Ilê Axé Asiuajú/SP;
  • Presidente do Institute of Orisa, culture and tradition;
  • Presidente do Afoxé Omon Dada/SP)
  • Participantes: Arielson Conceição Chaves (Ogã decano e Elemaxó do Ilê Axé Iyá Nassô Oká; Presidente da Sociedade Civil São Jorge do Engenho Velho); Edvaldo Papadinha Araújo (Alabê do Ilê Axé Iá Nassô Ocá; Presidente da Sociedade Beneficente Cultural, Civil e Religiosa Nossa Senhora da Conceição); Manuel (Papai) Nascimento Costa, Babalorixá do Sitio de Pai Adão (PE); Walter Calixto Ferreira -Pai Borel; (RS) João Antonio Ferreira dos Santos (Ogã e Presidente da Sociedade Santa Bárbara do Terreiro Bate Folha); Antonio Luís Figueiredo (Ogã do Ilê Axé Iá Nassô Ocá;, Vice-presidente da Sociedade Civil São Jorge do Engenho Velho); Babalorixá Air Jose souza de Jesus do Terreiro Pilão de Prata e Presidente da Sociedade de Preservação Cultural Axé Bamboxê Obiticu); Esmeraldo Hemetério Santa Filho- Xuxuxa do Terreiro Tumba junçara; Luciano Maurício Esteves Osterby (Bàlé Xangô do Ilê Axé Asiuaju/SP); Adriano de Azevedo Santos Filho (Obá de Xangô do Ilê Axé Opô Afonjá; Baloyá do Ilê Axé Asiuaju-SP; Ojé do Ilê Babá Adeboulá)

Exibição dos filmes:

Texto do convite do X Alaiandê Xirê

Engenho Velho, sempre o orgulho dos netos de São Gonçalo.

Cléo Martins

Revendo meus escritos encontrei “Engenho Velho, orgulho dos netos de São Gonçalo”, em “Faraimará, o Caçador traz alegria: Mãe Stella, 60 anos de iniciação”, da Editora Pallas do Rio de Janeiro: coletânea de artigos organizada por Cléo Martins e Raul Lody, em 1999, ano do tombamento do Axé Opô Afonjá pelo Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural.

As páginas que falam da inauguração da Praça de Oxum, em 1993, testemunham o orgulho e amor pelo Engenho Velho, a imponente Casa Branca no alto da colina, onde se contempla o movimento nervoso da Avenida Vasco da Gama.

No Engenho Velho tive a honra de dar os passos inaugurais e permanentes na religião dos Orixás, sustentada pela energia corajosa de Eunice de Xangô, “Touro”, minha primeira iniciadora; sacerdotisa retornada ao orum, no final dos mil novecentos e setenta.

Mãe Aninha do Axé Opô Afonjá- filha de Xangô de vanguarda, que obteve de Getúlio Vargas autorização para o uso de atabaques nos terreiros, nos anos trinta do século XX, fora feita na Casa Branca - o Axé Iya Nassô Oká - no final dos mil e oitocentos; a mesma Casa Branca onde vai acontecer o X Alaiandê Xirê: o Festival de Alabês, Xicarangomas e Runtós, de 15 a 18 de novembro deste 2007 que já apressa o passo de rumo ao eterno recomeço. Isso é motivo para tanta alegria que nem sei se consigo exprimir-me fora do silêncio que não reparto.

O Alaiandê Xirê nasceu no Axé de Eugenia Anna dos Santos - Aninha (a Donana) em São Gonçalo do Retiro; a Casa de Xangô consagrada em outubro de 1910. Até o oitavo ano a reunião dos músicos-sacerdotes das religiões de matriz africana do Brasil e de outras diásporas de África repetidamente aconteceu no Pátio de Xangô, o Alaiandê, inaugurado, em 2003, pelo Governo do Estado, pelo Ministro da Cultura, pelo Prefeito e minha ialorixá Stella de Oxóssi. Xangô é o padroeiro do evento que é a sua pequena e valente jangada.

Xangô abençoou a itinerância de seu Xirê, a festa de Afonjá. Em 2006 o festival realizou-se no Terreiro Bate Folha, o Mansu Banduquenqué, por ocasião do 90° aniversário desta importante Casa de culto aos Inquices.

Neste décimo ano de sua existência será no ponto de origem mais adiante; onde o senhor do fogo, poder em exercício e justiça gritara o nome Obá Biyi: “o Rei nasceu aqui”- pela boca da, então, futura ialorixá Aninha, a vanguardeira Iyániyá: mãe das mães.

Ao ser entrevistada no último dia do 9º Festival, -“O Fogo que Fica”, no Bate Folha, aos três de dezembro de 2006, enfatizei que Xangô escolheria as paragens do próximo Alaiandê, nos fatos da vida. Poucas horas depois, Edvaldo Araújo, o alabê Papadinha, acompanhado do Elemaxó Arielson, o decano do corpo dos Ogãs do Engenho Velho, sem nada saber de minha conversa com o jornalista, comunicou-me seriíssimo- a emoção traída pelos olhos feito brasas velozes: -Minha filha Cléo Martins, ano que vem o festival vai ser “lá em casa”. Não contive a torrente de lágrimas. Papadinha é filho de Afonjá e Ogã de Iansã de Cosma; prima de Eunice de Xangô.

Nada é por acaso. Pensando em minha gente- tantas pessoas que se foram mas permanecem: Mãe Eunice, Mãe Octacília, Tia Lindô, Mãe Nola, Pai Chico, Mãe Caetana, Mãe Pinguinho, Pai Renato, Mãe Noêmia, Mãe Cantu, Vovó Conceição, Tia Mariinha, Equede Jilu, Ogã Bel, Tio Bia, Tia Marota, Tia Morena, Ebame Elpídia Ialatoridé, Mãe Nila, meu inesquecível Moacyr de Ogum, Talambê, Valdemar Oderan, Vicente de Oxóssi, Ivalda Ode Bowá, etc, etc, etc- recordo-me, na associação caleidoscópica de idéias, de “Salvador Negro Amor”, de Sérgio Guerra, este moço brasileiro que também mora em Luanda; filho de Xangô, de pés no tempo presente e visão no que vem depois.

“Guerrinha” foi o realizador, em 2006, da exposição ‘Cá e lá” na Feira de São Joaquim: fotografias de gente da Bahia e África repensadas na Negro Amor, do início de 2007 onde fotos de gente bela eram vistas por toda a cidade; belezas de ébano que retornam à Praça de Oxum da Vasco da Gama, durante o X Alaiandê Xirê. Cito as palavras de Guerra que navegam no oceano das idéias ao lado da jangadinha Alaiandê: “Salvador Negro Amor é um apelo ao encontro. Uma recusa ao confronto. Levamos os retratos da periferia para o centro, pra dizer: essas pessoas, os outros, somos nós”.

O XI ALAIANDÊ XIRÊ

Será no tradicional Terreiro Pilão de Prata (odô Ogê), na Boca do Rio, sob a liderança do babalorixá Air José de Jesus, da família Bangboshê Obitikô, responsável pelas primeiras comunidades estruturadas de culto aos orixás da Bahia. tema: "Xangô dobra os couros para o centenário da imigração japonesa no Brasil".

 

Referências

  1. http://www.jorgealabe.com Jorge Alabê Jazz Festival -2002 New Orleans
  • Ministro Gilberto Gil no Ilê Axé Opô Afonjá

  • Mãe Stella de Oxóssi

  • Mãe Stella de Oxóssi

  • Mãe Stella de Oxóssi